Discussão sobre a Indústria Brasileira de Moda com alunos da FP Academy da Holanda
- Marília Carvalhinha
- 5 de mai. de 2018
- 1 min de leitura
Esta semana estive palestrando no Instituto Europeo di Design para estudantes holandeses de moda da FP Academy e é interessante que diante de um olhar externo fica mais fácil reconhecer nossa grandeza do que quando estamos dentro de um contexto. Preparando o conteúdo para eles coloquei uma nova lente sobre um assunto que estou costumada a tratar como pesquisadora há anos: a cadeia de moda no Brasil.
E, pensando em como contar esta história, foi ficando claro o quanto somos complexos e diferentes... o quanto é difícil desenhar um paralelo com o que eles têm na Europa. Somos o único país do ocidente com a cadeia completa, desde a produção de matéria-prima (somos fortíssimos em algodão!) até um varejo nacional super relevante (temos Renner, Riachuello, sem falar das marcas premium que dominam todos os shoppings). Temos uma espécie de fast-fashion há décadas no Bom Retiro, muito antes desse termo ser cunhado (na década de 1990, quando a Zara foi para os EUA). Temos todos os nichos de produtos e a convivência entre confecção nacional e importação. Temos a presença de mão-de-obra imigrante intensiva (formal e informal, legal e ilegal...). Temos associações, certificações... Uma das semanas de moda mais expressivas do mundo. Na moda, somos um mundo em um país, com todos os problemas e oportunidades que isto representa!

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